O Brasil é o país com o maior número de trojans (ou cavalos-de-tróia) destinados a atacar usuários de sites bancários.
Esta é a conclusão de estudo da empresa finlandesa de segurança F-Secure, obtido em primeira mão pelo UOL Tecnologia.Em 2006, ano de coleta dos dados, 30,7% de todos os bancos vítimas de cavalos-de-tróia no mundo eram brasileiros.
Naquele ano o país ficou a frente de nações como Estados Unidos, com 16,9% dos bancos vítimas de trojans, Reino Unido, com 13,8%, Alemanha, com 12,7%, e Espanha, com 10,1%.Os cavalos-de-tróia são softwares maliciosos que têm por objetivo se infiltrar em um sistema para roubar informações confidenciais. Atualmente, segundo a F-Secure, este tipo de malware responde pelo maior problema do Brasil em segurança online.De acordo com o chefe de pesquisas da F-Secure, o finlandês Mikko Hyppönen, "usar e-banking no Brasil não é seguro". Para o executivo, que está em passagem pelo país, o internauta brasileiro que utiliza a Web para realizar transações bancárias precisa ser muito mais atento e cuidadoso do que os que acessam a rede para os mesmos fins em outras nações. "Impunidade influencia"Entre as causas apontadas por Hyppönen para justificar a primeira colocação do Brasil no ranking de ataques a usuários de bancos na Web está a impunidade. "
A grande maioria dos criminosos aqui raramente é detida, o que tornou esse tipo de ataque um fenômeno no país", disse. Mas a segurança empregada pelos bancos não é deficiente, segundo ele. "Os bancos se protegem com eficácia, mas observamos que os criminosos no Brasil se aprimoram na mesma intensidade".O estudo realizado pela empresa aponta ainda uma peculiaridade brasileira em relação às outras nações que sofrem com trojans bancários —aqui, a vasta maioria dos malwares é desenvolvida e destinada ao ataque de bancos nacionais."Diferentemente do Brasil, trojans desenvolvidos em países como Rússia e China miram alvos do mundo todo", explica Hyppönen, destacando a crescente especialização chinesa em malwares cada vez mais sofisticados e de difícil detecção.
By UOL
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